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domingo, 5 de junho de 2011

Segurança no trabalho em postos de Combustiveis.

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José Alves trabalha há 3 anos como frentista e revela algumas preocupações em relação à segurança no trabalho.“Meu maior medo é ser atropelado, principalmente nos finais de semana. Tem muito cliente que entra rápido demais e pode provocar um acidente”, relata. Além deste, ele fala também sobre os riscos dos produtos com que trabalha diariamente. “O cheiro dos combustíveis é muito ruim e sei que a gasolina causa câncer”, pontua. 
  A situação vivida por Alves é a rotina de quem trabalha em postos de combustível. Para discutir os temas saúde e segurança desses profissionais foi realizado nesta quinta-feira, 12, o I Seminário sobre saúde, trabalho e meio ambiente em postos de revenda de combustíveis a varejo da Bahia. O evento aconteceu no auditório do Ministério Público do Trabalho, no Corredor da Vitória.

Quatro painéis temáticos abordaram ainda temas como a regulação do setor, controle ambiental e a importância de ações conjuntas para a melhoria das condições de segurança e saúde. Os debates foram coordenados pelo Fórum de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho do Estado da Bahia (Forumat).

Além dos problemas causados pela exposição à gasolina, álcool, gás veicular e outros produtos derivados de petróleo, o coordenador de vigilância de ambientes e processos de trabalho do Cesat (Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador), Alexandre Jacobina, pontua outros riscos a que os frentistas estão submetidos. “Contaminação biológica por bactérias na hora da lavagem dos automóveis ou nos banheiros e vestiários é um deles, assim como problemas ergonômicos que podem ser provocados pela carga horária excessiva e riscos físicos causados pela exposição a ruídos e condições climáticas”, enumera.

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Os fatores apontados, de acordo com Jacobina, podem causar problemas respiratórios, dermatoses químicas (doenças causadas pelo contato dos combustíveis com a pele), varizes e dores na coluna, já que os trabalhadores de postos de combustíveis trabalham em pé o tempo inteiro. “Uma das principais doenças que podem acometer esses trabalhadores é o benzenismo, provocada pela exposição ao benzeno, substância que compõe a gasolina e que é carcinogênica (pode causar câncer). A doença causa problemas no sangue, diminuindo o número de glóbulos brancos. A conseqüência é a deficiência no sistema de defesa do organismo”, salienta.

Segundo Jacobina, não há dados sobre números de casos de trabalhadores de postos de saúde que desenvolvem problemas de saúde relacionados ao trabalho. “Não há uma conscientização do risco causado. Por causa do desconhecimento sobre o assunto, poucos são os trabalhadores que procuram atendimento no Cesat”, pontua.


Conscientização -
A falta de informação sobre o assunto é apontada pelo secretário de saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços de Combustíveis Derivados de Petróleo do Estado da Bahia (Sinposba), Antônio Lago, como uma das principais dificuldades enfrentadas pela categoria. “O objetivo deste seminário é levar um pouco de informação para que haja conhecimento e uma mudança de hábito”, pontua.

Lago diz que há cerca de quatro anos a situação dos trabalhadores começou a melhorar no Estado, com a atuação do sindicato junto a órgãos fiscalizadores, como Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Cesat. “Temos percebido melhorias, mas não suficientes para reverter o quadro geral da categoria. Estamos em processo de mudança de hábitos, mas a maioria das ações preventivas ainda não são adequadas”, afirma.


Há 8 anos trabalhando em postos de combustíveis, o gerente de um posto, que prefere não se identificar, também aponta melhorias na área. Segundo ele, atualmente as empresas se preocupam em dar leite aos funcionários para evitar problemas causados pelo forte odor dos produtos, além de atentar para a importância do fardamento, com calçados adequados para evitar doenças causadas pela exposição à água empoçada e à lama.


De acordo com o secretário executivo do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis (Sindicombustíveis), Marcelo Travassos, a entidade desenvolve algumas ações para orientar donos de postos sobre a importância do tema. Uma delas é o Ciclo de Encontros Regionais, realizado em municípios do interior. “Essa atividades procura levar informações para diferentes regiões para que os postos de combustíveis se adaptem às normas do setor”, destaca. Ele aponta ainda o projeto de inspeção preventiva, que verifica as condições de boas práticas de comercialização de combustíveis, desde o descarregamento seguro até o abastecimento.
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